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22 outubro 2012

5 - PAIS E FILHOS: O Relacionamento entre pais e filhos na família


474852 o padrasto deve dar tempo ao tempo para que a criança aceite a nova relação familiar Como ser um bom padrasto: dicas


1.1.2. O Relacionamento entre pais e filhos na família.

Ramos (p. 39-41) afirma que: “o campo de relações que a família é e cria é fundamental para cada um de seus membros”. Também enfatiza que para as crianças, tanto quanto para os adultos e idosos, a família oferece o quadro elementar e imprescindível de relações para as respectivas realizações humanas.  
Poujol (2005, p.30) destaca que: “Entrar em contato com nossos semelhantes, ouvi-los e conversar com eles é uma necessidade” e que isto já está presente na vida do ser humano desde criança, pois ele afirma: “A criança para poder se desenvolver deve se ligar aos outros” chegando a afirmar que “A sobrevivência da criança, e mesmo do adulto depende de seus relacionamentos. Uma criança sem contato humano definha, afunda na psicose e morre.” 
O primeiro relacionamento da criança começa na família, com seu pai, mãe e irmãos. É dentro da família que aos poucos vai se formando uma estrutura de relacionamentos, que vai servir de base e modelo para toda a sua vida. Conforme é a relação que a criança tem com seus pais é que vai estabelecer o tipo de relação no decorrer da  sua vida.
Dresher (2005, p. 20-21) chama atenção para o fato de que; “estima-se que, em média, a criança faz quinhentas mil perguntas até os quinze anos. Que privilegio para os pais – meio milhão de oportunidades para comentar alguma coisa sobre o significado da vida.” Ele lembra ainda que os primeiros anos da vida de uma criança devem ser dedicados ao ensino. E que até os quinze anos os pais vão participar da maior parte do aprendizado dos filhos. Até essa idade os filhos já estarão cientes do que seus pais acreditam e quais são os seus valores e caráter. E segundo o autor ainda nesse momento os pais precisam estar disponíveis quando filho os procurar para buscar conselhos e ajuda. 
Para Osório (1996, p. 21), há uma influência recíproca na relação entre pais e filhos, na qual os pais influenciam o comportamento dos filhos e o comportamento destes também modifica a atitude dos pais. 
Desde pequena a criança aprende com o modelo que é oferecido a ela. A criança, e o adolescente, tal como os adultos, aprendem “bons” e “maus” comportamentos, observando como outras pessoas agem e o que acontece a elas. Desse modo, por exemplo, pais que freqüentemente se agridem frente a algum problema, mostram aos filhos que a forma de resolver situações de conflito é através da intolerância e agressividade. Se por outro lado, o casal conversa, fala e ouve um ao outro com atenção, se procuram entender as razões pelas quais cada um agiu da forma como agiu, mostrariam aos filhos que para resolver dificuldades pessoais pode-se lançar mão da conversa em lugar de agressão. A forma como, os pais, agem quando tem problemas de relacionamentos entre si, irá servir de modelo para que os filhos também venham a agir assim nos seus relacionamentos. 
Augusto Cury ao falar sobre a importância do exemplo no relacionamento entre pais e filhos  destaca para os pais que:
 “Eles arquivam diariamente os seus comportamentos, sejam eles inteligentes ou estúpidos. Você não percebe, mas eles o estão fotografando a cada instante. O que gera os vínculos inconscientes não é só o que se diz, mas também o que eles vêem. Muitos pais falam coisas maravilhosas para suas crianças, mas tem péssimas reações na frente delas: são intolerantes, agressivos, parciais, dissimulados. Com o tempo cria-se um abismo emocional entre pais e filhos. Pouco afeto, mas muitos atritos e críticas.” (Cury, 2003,  p. 23)

Com isso os filhos acabam construindo uma imagem de seus pais que se torna difícil de ser apagada de suas mentes. Mas acima de tudo, essa imagem passada pelos pais, acaba influenciando de tal forma a vida dos filhos que eles aprendem, consciente ou inconscientemente, que essa é a forma para se relacionar com as pessoas de modo geral.
Moura, destaca que existem diversos estudos que mostram como o fator ambiente torna-se determinante para o desenvolvimento e adaptação social de uma pessoa. 
“Hereditariedade e ambiente têm um papel interativo tanto no desenvolvimento saudável da criança, quanto na evolução de problemas emocionais e comportamentais. Entretanto, é o ambiente e, em particular, as interações familiares, que exercem papel fundamental no desenvolvimento e aprendizagem da criança” (Moura 2006, p. 248).  

A citada autora afirma que o convívio com os pais que vai determinar as características comportamentais e a forma que a criança vai interagir com outras pessoas. Por isso a forma de agir e se comportar de uma criança sempre tem como base aquilo que ela aprendeu ou viu em alguém, em especial nos seus pais. Sendo que estes, direta ou indiretamente sempre estão influenciando a criança através de suas atitudes, palavras e exemplos.



"A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família."
Léon Tolstoi

PAULO MIGUEL AGUILAR

continua...