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22 outubro 2012

7 - PAIS E FILHOS: Características





1.2.2. Características 

A família é a base dos relacionamentos, pode-se dizer também a base para o futuro dos filhos. Entretanto a família enfrenta problemas complexos e diversos, que têm afetado a sua estrutura. Uma geração de filhos rebeldes, desobedientes e sem respeito para com os pais e demais pessoas tem-se levantado nos últimos anos. Lares influenciados pela mídia e por uma sociedade que somente valoriza o ter e a busca por poder, fama e dinheiro, parece estar se formando nos dias atuais. Enquanto no outro lado, parece estar uma geração de pais que tem obedecido aos seus filhos ao invés de ter autoridade sobre eles. 
Paes (p. 107) afirma que “muitos pais estão completamente desorientados quanto à educação de seus filhos. A maioria se vê perdida diante de uma filosofia liberal, que propões uma educação mais aberta sem repressões”.
Se por um lado vê-se a família como essencial e fundamental para o ser humano desenvolver seus relacionamentos, também é na família que surgem os conflitos, desentendimentos, os primeiros problemas de relacionamento. É na família que os filhos descobrem que há regras, limites, tradições... Que precisam ser respeitadas. Quando isso não acontece, surgem os conflitos no relacionamento entre pais e filhos. Collins (2004, p. 185) afirma que “Criar filhos pode ser uma experiência frustrante, e apesar dos erros e fracassos dos pais, devemos presumir que a maioria realmente quer ser e ter sucesso nessa tarefa.”  O citado autor destaca que todas as pessoas foram criadas dentro de uma  família, entretanto: 
“Não se ensinou a pensar na família como um instrumento através do qual as pessoas cooperam, aprendem umas com a outras, se fortalecem mutuamente, e às vezes, erram coletivamente.” Bem pelo contrário o que se vê hoje são famílias, “caracterizadas por conflitos, agressões verbais e físicas, incesto, infidelidade, crises, individualismo egoísta, insensibilidade e instabilidade” (p. 513). 

Dobson (2006 p. 49) afirma que: “algumas mães e alguns pais vão para a cama à noite com a cabeça latejando de dor perguntando-se como a experiência de educar filhos se tornou tão exaustivo e enervante”.
Muitos pais têm perdido o respeito e a autoridade diante de seus filhos. Enquanto os filhos desorientados e muitas vezes sem saber o que fazer, não obedecem, não honram seus pais e já não os vêem mais como modelos ou exemplos para sua vida. Conforme afirma Paes: “pais e mães estão pedindo socorro porque não tem idéia de como lidar com os filhos. Não sabem se colocam limites ou se dão total liberdade aos filhos” (p. 120). 
Já Collins chama a atenção para o fato de que: 
 “a criação de filhos faz com que muitos pais se sintam inseguros, sobrecarregados, envolvidos numa disputa, com ciúme, com medo de perder o filho ou com a necessidade de exercer controle autoritário sobre a família. Quando essas necessidade são intensas, ou não são satisfeitas, surgem tensões” (p. 186). 
O Dr. James Dobson (p. 53) apresenta uma pesquisa feita por ele mesmo, com 35 mil pais, que mostra que existem três vezes mais crianças geniosas (difíceis de lidar, rebeldes, etc.), do que crianças dóceis (compreensivas, respeitosas, etc.); e que: 92 % dos pais sabem que terão um filho difícil de lidar antes que ele complete seu terceiro ano de vida; ressalta ainda que: 74% destas crianças vão se rebelar significativamente na adolescência. Revelando assim que há uma grande chance de que na maioria dos lares haja problemas de relacionamentos entre pais e filhos. 
Quando se lê na bíblia que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão (Sl 127.4), vê-se que essa parece não ser a realidade de hoje.  Para a grande maioria dos pais isso não tem repercutido na prática. Alguns chegam a considerar que antes de ser uma bênção, filho é castigo, pois educá-los tem se tornado algo exaustivo e até estressante. Há pais que depois de observar o comportamento de filhos de amigos acabam chegando à conclusão que o melhor é não ter filhos para não ter problemas ou incomodo. O último Censo do IBGE revelou que, entre 1995 e 2005, na região Sudeste, o percentual de famílias formadas por casais com filhos caiu de 56,6% para 48,5%.   Seria uma possível indicação de que hoje no Brasil mais da metade dos casais está optando em não ter filhos?  Sendo que muitos desses por acreditarem que tem se tornado muito difícil educar ou filhos, ou eles podem acabar atrapalhando a vida profissional e emocional do casal. Alguns chegam a afirmar que preferem ter um bichinho de estimação ou uma planta ao invés de ter filhos, porque o trabalho é menor e este não se estressam nem incomodam.



"A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família."
Léon Tolstoi

PAULO MIGUEL AGUILAR

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6 - PAIS E FILHOS: A Realidade dos relacionamentos na família




1.2. A Realidade dos relacionamentos na família.

Dificilmente encontra-se um lar ou uma família que não passa por problemas de relacionamentos envolvendo pais e filhos. A cada ano vários livros sobre o assunto são escritos para tentar auxiliar a melhorar esse relacionamento. Tem aumentado em muito o número de pais que tem procurado psicólogos e conselheiros em busca de uma solução para o problema que enfrentam com os filhos. Para tanto há a necessidade de se entender melhor como anda esse relacionamento dentro do lar.  

1.2.1. Pais e filhos um relacionamento de conflitos.

Conflitos sempre fizeram parte do relacionamento familiar, entretanto parece que nos dias atuais essa tensão tem aumentado. A família em geral, hoje esta vivendo uma crise de relacionamentos saudáveis, e isto não só entre marido e mulher, mas também e de uma forma intensa, entre pais e filhos.  
Dentro do contexto da família o relacionamento entre pais e filhos tem sido cada vez mais conturbado e difícil. Não são apenas os pais que se lamentam dos seus filhos. Constantemente os filhos também se queixam dos seus pais, e não raro esse relacionamento conflituoso tem levado para dentro dos lares muita preocupação, dores e sofrimento.
Paes chama a atenção para o fato de que há certas áreas em que o ser humano parece regredir. Ele destaca que: “A qualidade da vida emocional das pessoas está piorando a cada dia. Nos relacionamentos interpessoais falta carinho e sobra agressividade, falta compromisso e sobeja infidelidade” (p. 12). Chegando assim a triste constatação de que o caráter das pessoas está enfraquecido, e isso tem-se refletido em todos os seus relacionamentos, e infelizmente, de uma forma cada vez maior entre pais e filhos.
O pastor e pedagogo Domingos Mendes Alves, em um artigo na revista lar Cristão, chama atenção para o fato de que o relacionamento entre pais e filhos tem enfrentado crises de afetividade e autoridade. Segundo ele: “A crise de afetividade refere-se à ausência de um relacionamento mais intimo, onde o diálogo, a compreensão, o toque, o companheirismo, fazem parte do simples, do natural e do cotidiano da vida” . Já a crise de autoridade tem a ver com a ausência da autoridade dos pais e o estabelecimento de limites para os filhos. “Muitos não conseguem conquistar autoridade paterna, gerando um ambiente de permissividade e desestrutura” (Alves 2003, p. 20). Percebe-se claramente que a grande dificuldade para os pais tem sido o fato de, por um lado, não saber como se aproximar e se tornar mais íntimos, mais amigos dos filhos, e por outro lado até que pontos devem exercer a sua autoridade sobre os filhos sem que isso se transformar em autoritarismo. 
Paes ainda destaca que: “o relacionamento entre pais e filhos nem sempre é muito amigável. De um lado, muitas vezes estão pais intolerantes, exigentes demais, agressivos e que não dialogam com os filhos; de outro, filhos que não aprenderam o significado do respeito e da obediência.” (p. 119).



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Léon Tolstoi

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5 - PAIS E FILHOS: O Relacionamento entre pais e filhos na família


474852 o padrasto deve dar tempo ao tempo para que a criança aceite a nova relação familiar Como ser um bom padrasto: dicas


1.1.2. O Relacionamento entre pais e filhos na família.

Ramos (p. 39-41) afirma que: “o campo de relações que a família é e cria é fundamental para cada um de seus membros”. Também enfatiza que para as crianças, tanto quanto para os adultos e idosos, a família oferece o quadro elementar e imprescindível de relações para as respectivas realizações humanas.  
Poujol (2005, p.30) destaca que: “Entrar em contato com nossos semelhantes, ouvi-los e conversar com eles é uma necessidade” e que isto já está presente na vida do ser humano desde criança, pois ele afirma: “A criança para poder se desenvolver deve se ligar aos outros” chegando a afirmar que “A sobrevivência da criança, e mesmo do adulto depende de seus relacionamentos. Uma criança sem contato humano definha, afunda na psicose e morre.” 
O primeiro relacionamento da criança começa na família, com seu pai, mãe e irmãos. É dentro da família que aos poucos vai se formando uma estrutura de relacionamentos, que vai servir de base e modelo para toda a sua vida. Conforme é a relação que a criança tem com seus pais é que vai estabelecer o tipo de relação no decorrer da  sua vida.
Dresher (2005, p. 20-21) chama atenção para o fato de que; “estima-se que, em média, a criança faz quinhentas mil perguntas até os quinze anos. Que privilegio para os pais – meio milhão de oportunidades para comentar alguma coisa sobre o significado da vida.” Ele lembra ainda que os primeiros anos da vida de uma criança devem ser dedicados ao ensino. E que até os quinze anos os pais vão participar da maior parte do aprendizado dos filhos. Até essa idade os filhos já estarão cientes do que seus pais acreditam e quais são os seus valores e caráter. E segundo o autor ainda nesse momento os pais precisam estar disponíveis quando filho os procurar para buscar conselhos e ajuda. 
Para Osório (1996, p. 21), há uma influência recíproca na relação entre pais e filhos, na qual os pais influenciam o comportamento dos filhos e o comportamento destes também modifica a atitude dos pais. 
Desde pequena a criança aprende com o modelo que é oferecido a ela. A criança, e o adolescente, tal como os adultos, aprendem “bons” e “maus” comportamentos, observando como outras pessoas agem e o que acontece a elas. Desse modo, por exemplo, pais que freqüentemente se agridem frente a algum problema, mostram aos filhos que a forma de resolver situações de conflito é através da intolerância e agressividade. Se por outro lado, o casal conversa, fala e ouve um ao outro com atenção, se procuram entender as razões pelas quais cada um agiu da forma como agiu, mostrariam aos filhos que para resolver dificuldades pessoais pode-se lançar mão da conversa em lugar de agressão. A forma como, os pais, agem quando tem problemas de relacionamentos entre si, irá servir de modelo para que os filhos também venham a agir assim nos seus relacionamentos. 
Augusto Cury ao falar sobre a importância do exemplo no relacionamento entre pais e filhos  destaca para os pais que:
 “Eles arquivam diariamente os seus comportamentos, sejam eles inteligentes ou estúpidos. Você não percebe, mas eles o estão fotografando a cada instante. O que gera os vínculos inconscientes não é só o que se diz, mas também o que eles vêem. Muitos pais falam coisas maravilhosas para suas crianças, mas tem péssimas reações na frente delas: são intolerantes, agressivos, parciais, dissimulados. Com o tempo cria-se um abismo emocional entre pais e filhos. Pouco afeto, mas muitos atritos e críticas.” (Cury, 2003,  p. 23)

Com isso os filhos acabam construindo uma imagem de seus pais que se torna difícil de ser apagada de suas mentes. Mas acima de tudo, essa imagem passada pelos pais, acaba influenciando de tal forma a vida dos filhos que eles aprendem, consciente ou inconscientemente, que essa é a forma para se relacionar com as pessoas de modo geral.
Moura, destaca que existem diversos estudos que mostram como o fator ambiente torna-se determinante para o desenvolvimento e adaptação social de uma pessoa. 
“Hereditariedade e ambiente têm um papel interativo tanto no desenvolvimento saudável da criança, quanto na evolução de problemas emocionais e comportamentais. Entretanto, é o ambiente e, em particular, as interações familiares, que exercem papel fundamental no desenvolvimento e aprendizagem da criança” (Moura 2006, p. 248).  

A citada autora afirma que o convívio com os pais que vai determinar as características comportamentais e a forma que a criança vai interagir com outras pessoas. Por isso a forma de agir e se comportar de uma criança sempre tem como base aquilo que ela aprendeu ou viu em alguém, em especial nos seus pais. Sendo que estes, direta ou indiretamente sempre estão influenciando a criança através de suas atitudes, palavras e exemplos.



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4 - PAIS E FILHOS: Relacionamento e família





1.1.1. Relacionamento e família.

  O desenvolvimento da vida do ser humano se dá através de seus relacionamentos. O ser humano não pode viver isolado. Para Poujol (2005, p. 29): “Pela família, escola, casamento, profissão, desde o nascimento e até a morte, sua vida desenrola-se num campo social em coexistência com os outros” e a isso chamamos de relacionamento. Paul Lewis falando nesse sentido afirma que:
“Dentre as habilidades essenciais da vida, poucas são mais importantes do que saber criar e manter boas amizades. Tanto com Deus quanto com aqueles que convivem conosco, os relacionamentos são a matéria-prima para esculpirmos a auto-estima e uma vida feliz. Eles afetam grandemente nosso desenvolvimento pessoal e mantêm firmes os laços familiares” (Lewis, 2006, p. 29). 
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Lewis ainda afirma que tanto estudos sociológicos quanto o bom senso dizem que o desenvolvimento de relacionamentos saudáveis por parte dos filhos, depende em grande parte do modelo que os pais exibem para eles: como se tratam como marido e mulher, como resolvem conflitos e expressam alegrias, ou seja, dependerá em grande parte do exemplo e do que os pais transmitem aos filhos através das experiências da vida. 
Schneider-Harpprecht afirma que:  
“O ser humano é o ser falante que vive a partir da relação com os outros buscando satisfazer suas necessidades de auto-sustentação física, psíquica e social (...) isso move o ser humano a desenvolver sistemas sociais como a família, o Estado, a escola e a Igreja, cuja estrutura e cujas regras o protegem contra a irrupção do caos social, da anomia.” (1998, p.309-310)

Sathler-Rosa (2004, p. 124) chama a atenção para o fato de que “a ênfase é dada aos relacionamentos porque tanto a antropologia bíblica como diversas correntes psicoterápicas contemporâneas reconhecem a importância dos relacionamentos para a formação de personalidades equilibradas”. Entende-se, portanto, que sendo o relacionamento importante e vital na vida e no desenvolvimento da pessoa, cabe destacar que as primeiras formas ou modelos de relacionamento acontecem no seio da família, entre pais e filhos. 
Toda a vivência do ser humano está relacionada com a família. Para Ramos (1997,  p. 39) “A família aparece como o lugar originário e básico da vida humana de cada indivíduo. É nela que ele vem ao mundo, cresce, desenvolve-se, torna-se pessoa adulta, vive, realiza, trabalha, se relaciona, se perpetua e, normalmente morre”. 
Ramos ainda descreve a família como: 
 “Um grupo de interação mútua, formado pelos diversos membros, cada um em seu lugar e com suas funções características, insubstituíveis e intransferíveis. Todos colaboram com o grupo a partir de si mesmos e nos diversos planos: físico, afetivo, econômico, social, educativo... todos dão e todos recebem. É a família que oferece a  ajuda necessária a cada um. Ajuda mútua, com certeza.” (p. 40,1).

Um sinônimo de família é lar. Pode-se dizer que lar é o lugar de convivência e relacionamento da família. Corrêa (1970, p. 154,5) explica que “lar é um termo de origem latina, que inicialmente designava o lugar na cozinha, onde se acendia o fogo para cozer ou preparar o alimento. Por extensão veio a significar a casa, o domicílio, a família.” Segue ainda destacando que a lareira é um termo derivado de lar usado para designar o lugar onde se acende o fogo para aquecer o ambiente da família, no inverno rigoroso. Os termos lar e lareira dão à idéia de fogo, de lume, de calor e aquecimento, deduzindo então que “o lar deve ser um ambiente de calor humano e divino, de claridade, de amor, de paz, de bem estar e de felicidade!” Lugar onde os integrantes da família se sentem bem e seguros em estar, onde suas carências e necessidades são supridas.
Já Paes (2003, p.14) afirma que o “lar é o lugar que Deus planejou para que, ali, as pessoas tenham supridas suas carências emocionais, seja no relacionamento entre homem e mulher ou entre pais e filhos”. O lar é apresentado como um lugar de alegria, de cuidado, de amor e de desenvolvimento físico, emocional e espiritual, onde as pessoas deveriam desenvolver relacionamentos bonitos e saudáveis.


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3 - PAIS E FILHOS: A REALIDADE DO RELACIONAMENTO ENTRE PAIS E FILHOS





I. A REALIDADE DO RELACIONAMENTO ENTRE PAIS E FILHOS!

Esse capítulo visa analisar como está o relacionamento entre pais e filhos nos dias atuais. Com certeza todas as pessoas sonham com um relacionamento familiar feliz, bem como em todas as áreas da vida. Onde não apenas pai e mãe vivam em harmonia e amor, mas onde pais e filhos possam viver relacionamentos de amizade, carinho, respeito e união. Entretanto esse sonho não tem sido a realidade da maioria dos lares. Dificilmente ouve-se falar de um lar, onde não haja problemas de relacionamentos entre pais e filhos. 

1.1. A família como base do relacionamento.

Deus criou cada ser humano com a capacidade e ao mesmo tempo à necessidade de se relacionar. A base ou fundamento de toda e qualquer relação começa na família. É dentro dela que o ser humano aprende a conversar, compreender, amar, respeitar, obedecer, etc. Enfim a relacionar-se com e como pessoa. Porém e na família que surgem os primeiros problemas de relacionamentos. O enfoque desse trabalho se dá no relacionamento entre pais e filhos, entretanto é na família, no convívio do lar, onde se cria ou acontece esse relacionamento.


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2 - PAIS E FILHOS: INTRODUÇÃO





Esse trabalho limita-se a tratar de algumas questões envolvendo o relacionamento entre pais e filhos, e de que forma o aconselhamento cristão pode ajudar a resolver problemas e conflitos nesta área. Não serão abordadas nesta monografia questões referentes à faixa etária, ou idade de pais e filhos, mas de uma forma geral analisar alguns problemas que tem trazido sofrimento para dentro dos lares de muitas famílias cristãs.
 Essa reflexão será feita levando-se em conta a realidade atual e as dificuldades que pais enfrentam na criação de filhos, a opinião de diversos autores sobre o assunto e principalmente a luz do que a Palavra de Deus ensina sobre o relacionamento familiar e a educação de filhos.
O objetivo desse trabalho será triplo: Primeiro, analisar a situação atual do relacionamento entre pais e filhos. Olhando para a família como o lugar onde as pessoas aprendem a se relacionar conforme os modelos ali oferecidos e como isso pode influenciar na vida e no futuro dos relacionamentos da criança. Bem como destacar algumas características dessa relação que tem deixado muitos pais e filhos frustrados e perdidos e suas funções dentro da família. Também chamar a atenção para algumas causas e conseqüências que estão ocorrendo no contexto dessa relação familiar.
O segundo objetivo é fazer uma análise bíblica e teológica da família cristã levando-se em contas a implicações contidas na bíblia e que tratam do assunto envolvendo o relacionamento entre pais e filhos.
E por ultimo, tem como objetivo principal fornecer algumas orientações em como o Aconselhamento cristão pode ser útil para resolver problemas e conflitos nessa relação. Destacando como a igreja pode ser um instrumento para auxiliar a família a melhorar seus relacionamentos e como prevenir alguns desses problemas e conflitos. 
Também chamando especial atenção para a analise e implantação de alguns princípios bíblicos que regem o relacionamento entre pais e filhos e que estão sendo negligenciados em muitas famílias em geral, e inclusive por famílias cristãs, mas que serão úteis e essenciais para os que desejam ter um relacionamento familiar mais harmonioso e saudável.
Como se deseja neste trabalho fornecer ferramentas para ajudar em especial famílias cristãs, a metodologia utilizada será da teologia bíblica. Sendo que se buscou em uma vasta bibliografia, em especial de autores cristãos, que atuam na área do aconselhamento familiar e da psicologia apoio e opiniões que visam contribuir e enriquecer o conteúdo. Contudo o maior interesse está em buscar nas Sagradas Escrituras, e através delas apresentar orientações, em forma de aconselhamento cristão, que venham auxiliar e fortalecer o relacionamento entre pais e filhos. 


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1 - PAIS E FILHOS: FORTALECENDO RELACIONAMENTOS ATRAVÉS DO ACONSELHAMENTO.




Verifica e constata a realidade do relacionamento entre pais e filhos no contexto da família. Discute as características, as causas e as conseqüências dos relacionamentos conflituosos dentro do lar olhando para as principais dificuldades e problemas e como podem afetar de forma negativa o futuro dos novos relacionamentos e a vida dos filhos. Analisa como a palavra de Deus apresenta o relacionamento em família e especialmente entre pais e filhos, como eram tratados problemas de desobediência e desrespeito para com os pais no Antigo Testamento, como Jesus desenvolveu o seu ministério em meio a famílias e o que ele fez para ajudá-las em seus problemas diversos. Ao mesmo tempo em como a bíblia fornece orientações claras e concisas para a educação e a criação de filhos e o desenvolvimento de relacionamentos saudáveis. Também busca fornecer orientações de como o aconselhamento cristão e pastoral pode ser útil para ajudar a resolver conflitos no lar.  Conclui apresentando como a igreja pode ser uma peça chave para que através de orientação e cuidado possam ser desenvolvidos trabalhos de prevenção e de restauração para o fortalecimento de relacionamentos saudáveis no seio da família. Destaca como é necessário um retorno aos princípios bíblicos que regem a família cristã para que pais saibam qual o papel que Deus espera de cada um em relação aos filhos, e estes para com seus pais. Objetivando-se que o relacionamento no lar seja melhor, e a família, a igreja e a sociedade venham a ter cidadãos mais maduros, responsáveis e saudáveis emocionalmente.



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Léon Tolstoi

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