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23 outubro 2012

15 - PAIS E FILHOS: Conseqüências



 
1.3.2. Conseqüências

Para Collins (p. 182) “quando ocorrem problemas entre pais e filhos, isso pode influenciar os dois lados e às vezes gerar patologias infantis”. Conforme o autor citado, tais problemas trazem efeitos nocivos tanto sobre os pais bem como sobre as crianças. Ele cita que os pais geralmente acreditam que os problemas com os filhos são devido a sua incompetência na missão de pais, gerando assim frustrações, briga entre o casal, raiva para com a criança, além de sentimento de culpa, medo do futuro e até tentativas frenéticas de mostrar autoridade com o desejo de reassumir o controle. Lembra ainda que muitos pais simplesmente sentem-se incapazes de fazer algo e se limitam a assistir a rebeldia dos filhos. 
Entretanto quando a isso,  Dobson lembra que “A criança cujos pais nunca tomam rédeas com firmeza está sendo privada da compreensão correta da autoridade de sua mãe ou de seu pai. Isso também impede que ela compreenda outras formas de autoridade com as quais terá contato quando sair da segurança de seu casulo permissivo” (p.48). 
Em relação às crianças, conforme destaca Collins (p. 182,183), as conseqüências são muito mais sérias e prejudiciais. Ele lembra que “se a relação entre pais e filhos é problemática, os filhos ás vezes agem de modo semelhante aos pais, e podem ocorrer raiva, hostilidade em relação aos pais ou outros membros da família, culpa e medo.” 
Enquanto os pais têm a capacidade de se expressar verbalmente, a criança tem outras formas de expressões, como “acessos de raiva, rebeldia, baixo desempenho na escola, delinqüência, brigas, tolices, choro excessivo e outros comportamentos” que são usados com o objetivo de chamar a atenção, como uma forma de dizer: “Preste atenção em mim. Também estou sofrendo!” O citado autor também lembra que por vezes a criança tem medo de dizer o que sente, e procura negar a realidade, mas no intimo sente que é um fracasso total. Isso pode se transforma em semente da inferioridade e da baixa auto-estima, que podem surgir mais tarde na vida.
Collins também chama a atenção para o fato de que os problemas de relacionamentos entre pais e filhos também podem ter como conseqüências  “efeitos patológicos”. Que segundo ele são: 1) transtornos psicofisiológicos, como asma, úlceras, enurese noturna e dores de cabeça. Que podem ter causas físicas, mas também ser uma reação psicológica ao “alto nível de estresse, disciplina severa, desapontamentos, perda de membros da família ou uma relação mãe-filho sufocante”. 2) transtornos de desenvolvimento. Pressões familiares podem retardar o desenvolvimento oral, motor, social, cognitivo e outras habilidades da criança. 3) Transtornos psiconeuróticos, como ansiedade, medos irracionais, reações de culpa exageradas, distúrbios do sono, distúrbios alimentares e comportamentos compulsivos, segundo Collins, podem ser pistas de que alguma coisa está perturbando a criança, gerando nela conflitos internos. 4) transtornos de personalidade. Por vezes a criança nem apresente nenhum conflito ou ansiedade, “mas desenvolve uma personalidade hipersensível, excessivamente retraída, isolada, independente demais ou desconfiada” como reflexo de uma tensão interior. 5) Sociopatias e delinqüência. Quando a criança e frustrada no ambiente em que vive, pode reagir com acessos de raiva, delinqüência, e comportamento agressivo ou sexualmente impulsivo. Ela reage a frustração atacando os outros. 6) Depressão infantil. Collins cita que a depressão infantil tem sido mais perceptível nos últimos anos. E que “crianças deprimidas geralmente se retraem, perdem o apetite, são apáticas, queixam-se de problemas físicos, chegando a fugir de casa, ou mostram-se mal-humoradas, agressivas ou paradas” (p. 183). 7) Dificuldades de aprendizagem, também são lembradas por Collins, por vezes não como resultados de pouca inteligência, mas por vezes por serem muitos criticas ou pressionadas pelos pais, prejudicando assim sua auto-imagem e dificuldades de aprendizado. 


II. O RELACIONAMENTO ENTRE PAIS E FILHOS NA BÍBLIA.
Neste capítulo pretende-se apresentar algumas bases bíblicas e teológicas do relacionamento entre pais e filhos. 


"A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família."
Léon Tolstoi

PAULO MIGUEL AGUILAR

CONTINUA...